Veneza é sem dúvida uma das cidades mais lindas do mundo. Pode até mesmo não ser a sua preferida, mas não há como negar sua beleza ímpar!
Eu adoro a cidade. Não me canso de visitá-la sempre que tenho a oportunidade. E sempre tem coisas novas para descobrir, pois a cidade é muito rica. Tem história, cultura, arquitetura, gastronomia, jardins. E apenas andar pelas ruas e pontes de Veneza já é um passeio deslumbrante.
Poder viajar para um lugar que já conhecemos traz a vantagem de fazer novas descobertas. É também a oportunidade de fugir do tradicional. Explorar tudo o que ficou para traz da primeira vez.
E eu não consigo imaginar uma cidade mais mágica para voltar tantas vezes quantas forem possíveis do que Veneza. (Mais ou menos, consigo pensar numas 50, mas isso porque é vicio de viajante!)
Na última vez que estivemos em Veneza foi em pleno verão, alta estação, cidade cheia de turistas. E o calor também era grande.
A Piazza San Marco estava abarrotada de gente. E claro a fila para entrar na Basílica e também para subir o Campanário era muito grande.
Mesmo com muita vontade de entrar para apreciar a beleza dos mosaicos e da construção da Basílica, não tivemos coragem de enfrentar a fila.
Foi quando decidimos pegar o vaporeto e visitar uma outra basílica, bem pertinho dali. Aliás bem em frente a entrada da praça San Marco. Bastou atravessar o canal e desembarcar na Ilha de San Giorgio.
A ilha de San Giorgio é pequenina, e basicamente está ali para abrigar a Basílica di San Giorgio Maggiori, o mosteiro e o campanário, um belíssimo jardim com teatro e a Fundação Giorgio Cini.
Talvez por ser uma pequena ilha, ainda seja pouco divulgada, e muito pouco procurada pelos turistas que visitam a cidade. Dessa forma pudemos curtir o lugar sem a grande multidão.
Os registros da primeira igreja na ilha de San Giorgio datam do ano de 790. E o mosteiro beneditino construído no século X foi destruído por um terremoto em 1223. O atual complexo da Basílica e do mosteiro foram construídos entre os séculos XV e XVII.
A grande Basílica é obra do arquiteto Andrea Palladio, um dos grandes nomes da arquitetura italiana do século XV.
No interior da Basílica telas de Jacopo e Domenico Tintoretto, Palma il Giovane, Vittore Carpaccio, Jacopo e Leandro da Bassano, Matteo Ponzone, Sebastiano Ricci e esculturas de Girolamo Campagna, Alessandro Vittoria e Niccolò Roccatagliata.
O resultado é uma riqueza impressionante de obras de arte.
E confesso que me surpreendi por estar tão vazia de turistas, numa época em que a cidade estava tão movimentada.
Quando descemos do vaporeto cheguei a pensar que a igreja estaria fechada, porque mais ninguém desceu, e também não havia ninguém por perto.
Além de visitar a igreja subimos no campanário. Sem fila nenhuma! Aliás por 15 minutos tivemos o balcão inteiro do campanário somente para nós três. E com uma vista absolutamente fantástica de Veneza!
A praça San Marco belíssima ali bem pertinho.
E melhor ainda, fugimos do calor escaldante que fazia!
A subida é de elevador, muito tranquilo. E a vista é simplesmente espetacular. (Já disse isso antes! Mas reforçar porque é realmente de tirar o fôlego).
A Basílica di San Giorgio e o mosteiro sofreram grande degradação principalmente durante a ocupação francesa nas guerras napoleônicas. A igreja foi utilizada como depósito de armas. Foi também um presídio militar durante o governo austro-húngaro e o Reino da Itália.
Foi somente em 1951 que o conde Vittorio Cini iniciou um trabalho para a restauração da Ilha de San Giorgio criando a Fundação Giorgio Cini.
A fundação tem por objetivo além de promover a restauração do complexo da ilha de San Giorgio, mas também desenvolver o local de forma educativa, social, cultural e artística.
E pela nossa visita, tem realmente feito um trabalho excelente. A Basílica é lindíssima, os jardins muito bem conservados. E a Fundação promove eventos, exposições além de manter um grande acervo de obras de arte, fotografias e uma biblioteca com mais de 300.000 volumes aberta ao público.
A Basílica di San Giorgio é aberta ao publico todos os dias. Entre abril e outubro funciona das 9:00 às 19:00 horas, e de novembro a março das 8:30 às 18:00. Durante os horários de missa, a visitação fica suspensa.
A entrada para a Basílica é gratuita. Para acessar o campanário é preciso comprar o bilhete que custa 3,00 por pessoa.
O complexo que inclui a Fundação Cini pode ser visitado todos os dias. Está aberto das 10:00 às 17:00 horas e a visita dura cerca de 60 minutos.
A visita pode ser feita com o videoguide que está disponível em cinco línguas (italiano, espanhol, inglês, francês e alemão). O áudio nos guia por 17 pontos de interesse e é bem fácil de utilizar.
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Chegar na Ilha di San Giorgio é bem fácil de vaporeto. A partir da estação San Zaccaria – na Praça San Marco utilize a linha 2 para San Giorgio. São apenas 3 minutinhos. É a próxima parada!
A mesma linha 2 passar em vários outros pontos da cidade. A parada é sempre a estação de San Giorgio. Outro ponto positivo é aproveitar a viagem de vaporeto e apreciar a paisagem da cidade!
http://www.abbaziasangiorgio.it
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