Marcela M. Litjens de Portugal para o blog Mari pelo Mundo
Os Passadiços do Paiva estão a 65 km do Porto e 310 km de Lisboa. Há algum tempo queria conhecer os passadiços do Paiva mas, infelizmente, no ano passado ele foi atingido por um incêndio que acabou por danificar grande parte de sua estrutura.
Passadiços do Paiva
Após um tempo parcialmente fechado, o passadiço foi restaurado e aberto completamente para a visitação e fomos conhecê-lo afinal no final de semana de sua inauguração.
O Passadiço é constituído por um caminho suspenso em madeira que, ladeando o rio Paiva, liga as cidades de Areinho e Espiunca. O percurso de 8km em meio à natureza passa por algumas quedas d´água, pequenos animais silvestres, alguns rebanhos (vimos umas cabras bebendo água no rio), uma ponte suspensa no melhor estilo “Indiana Jones” e possui uma pequena praia fluvial no centro. A prainha é bastante charmosa, possui água cristalina e gelada e é uma paragem comum no percurso. Próximo a ela estão as instalações dos banheiros (gratuitos) e um bar.
Para quem quer começar por uma ponta e ir apenas até a praia e voltar aconselha-se a começar o percurso por Espiunca pois possui menor dificuldade. Para quem quer fazer o percurso inteiro e deixou o carro estacionado em uma das entradas, mas não quer andar 16 km, há diversos táxis que levam os visitantes de volta a seus carros. Os bilhetes podem ser comprados online (www.passadiçodopaiva.pt) a um custo de 1 euro por adulto. Há a opção de comprar no local, pagando-se 2 euros por adulto mas, como o número de visitantes diários é limitado, corre-se o risco de não encontrar o bilhete disponível.
Em ambas entradas há estacionamento, um bar e também sanitários. Aconselha-se levar um chapéu, protetor solar aplicado, uma garrafa d´água e até um pequeno lanche. Nós levamos uma mochila de piquenique e comemos na prainha. Foi ótimo, uma diversão para as crianças.
Onde ficar
Nós escolhemos a cidade de Arouca e nos hospedamos na charmosa Quinta de Anterronde. É uma quinta antiga, restaurada e gerida por uma família extremamente simpática. Na quinta produz-se kiwis e mirtilos e, na época de colheira, os hospedes são convidados a participar da recolha dos frutos. A produção é exportada até para a Alemanha e eles produzem uma geléia deliciosa, oferecida no café da manhã e também vendida aos interessados. Nosso quarto era ótimo, comportava 4 pessoas sem problema e era localizado nos antigos currais.
A região de Arouca é também conhecida pela culinária, como quase todas as regiões portuguesas. O prato forte é a carne cozida no forno com embutidos.
Marcela M. Litjens. Arquiteta e mãe de duas menininhas sapecas. Vivo em Portugal há um ano e, mesmo passeando sempre, acho que nunca irei conhecer todos os lugares incríveis que existem no país.